Cuidado e Experiência em Proctologia

 O que é? 
A colonoscopia é o exame através do qual avaliamos o revestimento interno do intestino grosso diretamente e em tempo real. Dessa maneira, ele permite que identifiquemos alterações como inflamações, pólipos, divertículos ou tumores e, muitas vezes, no mesmo procedimento podemos realizar o tratamento de algumas dessas alterações, como a retirada de pólipos e lesões, sem a necessidade de intervenção cirúrgica.

Quem deve realizar?

 É o exame capaz de realizar a prevenção do câncer do intestino grosso e, por isso, é indicado, de uma maneira geral, para todas as pessoas a partir dos 45 anos; Porém, em algumas situações, pode ser necessário realizar em idade mais precoce, como em pacientes com história de câncer de intestino na família, doenças inflamatórias intestinais, tratamento com radioterapia prévia ou que apresentam sinais e sintomas sugestivos de alterações neste local (como sangramento anal, mudança no hábito intestinal, anemia ou perda de peso). 

Como é o preparo? 
Para que o exame seja bem-sucedido é importante uma preparação que inicia 1-2 dias antes visando a eliminação de resíduos que possam prejudicar a visão do examinador. Tal preparação inclui dieta sem fibras e o emprego de medicação laxativa para acelerar o esvaziamento intestinal. 

Onde se realiza?

Nós da Angi sempre realizamos a colonoscopia em ambiente hospitalar e com acompanhamento de nossa equipe de anestesia para proporcionar uma maior segurança e conforto ao paciente. Dessa forma, o procedimento se torna indolor, seguro e rápido.

Cercadas de mitos, as hemorroidas são saliências na região do ânus compostas por vasos sanguíneos, fibras elásticas e musculares, mucosa ou pele. Podem ser visíveis externamente ou estarem apenas dentro do canal anal. 

Algumas vezes são completamente assintomáticas, mas podem representar um incômodo dos grandes, causando sangramento, dor, coceira, prolapso (exteriorização durante algum esforço) ou dificuldade para higiene levando a um prejuízo importante da qualidade de vida. Algumas pessoas também se incomodam pela aparência da região ficar modificada devido a presença dessas saliências.

No caso de haver algum sintoma ou incômodo pelas hemorróidas, nós dispomos de uma série de opções para tratá-las, indo desde pomadas e medicações, passando por técnicas menos invasivas como ligadura elástica e laser, até as técnicas cirúrgicas mais tradicionais. 

O que determina a necessidade e o tipo de tratamento a ser indicado vai ser a avaliação no consultório, pois existem diferentes tipos de hemorróidas e essa classificação precisa ser levada em conta na hora da decisão de como a doença vai ser tratada. Nem sempre é necessário a cirurgia e, a bem da verdade, ela é pouco utilizada, pois na grande maioria dos casos é possível tratar as hemorróidas sem ela. 

Inicialmente, a medida mais importante para se livrar do incômodo que as hemorróidas trazem é realizar algumas mudanças na dieta (incluir mais fibras e aumentar a ingesta de água) e mudanças comportamentais (evitar fazer esforço para evacuar, praticar atividade física e substituir o uso do papel higiênico por água e sabonete na hora de se higienizar). Quando essas mudanças não são suficientes para acabar com os sintomas, é hora de nos procurar para avaliar e individualizar o melhor tratamento para o caso. 

Veja aqui algumas opções de tratamento de hemorróidas sem cirurgia:

- Ligadura Elástica:

A ligadura elástica é um procedimento realizado no consultório, rápido, sem necessidade de anestesia e que visa tratar hemorróidas internas. 

Ele consiste na colocação de um pequeno anel elástico na base da hemorróida (num local onde não há sensibilidade e, por isso, não há dor). Este elástico interrompe o fluxo sanguíneo no local, o que leva a necrose do mamilo hemorroidário e então a sua queda dentro de alguns dias. 

Após o procedimento, é comum um leve desconforto e a sensação de ter um corpo estranho no reto ou vontade de evacuar mais vezes ao dia; porém, essa sensação é transitória e costuma melhorar em 24-48 horas, podendo o paciente retornar normalmente às suas atividades no dia seguinte ao procedimento. O uso de analgésicos simples controla bem estes sintomas. Pode ocorrer um pequeno sangramento nos primeiros dias que cessa espontaneamente. 

Geralmente são necessárias de 2-3 sessões com intervalo de algumas semanas entre elas e apresentam um ótimo resultado, mas é importante ressaltar que este tratamento não é para todos os tipos de hemorróidas, sendo mais indicado para as hemorróidas internas que apresentam sangramento ou prolapso. 

- Laser: 

Diferentes tipos de laser podem ser usados para tratar hemorróidas e esta é uma opção menos invasiva nos casos de hemorróidas externas que apresentam como sintomas mais comuns as inflamações recorrentes, dificuldade de se higienizar adequadamente, coceira, sensação de umidade local e incômodo estético na região.

Os procedimentos com laser são feitos geralmente no consultório com uso de anestésicos locais inicialmente em creme (aplicado pelo paciente ainda em casa) e também injetável no local após essa região já estar menos sensível devido a aplicação prévia do creme. Alguns casos com doença mais extensa ou em pacientes que não tolerem anestesia local, podemos realizar no bloco cirúrgico com sedação. 

Através do laser, realizamos a ablação dos vasinhos presentes nos coxins hemorroidários ou realizamos a retirada desses coxins com excessos de pele e mucosas. É um procedimento menos invasivo do que a cirurgia tradicional e as suas principais vantagens são a recuperação mais rápida e muito menos dolorosa, bem como, um melhor aspecto estético da cicatrização. 

O cisto pilonidal, ou doença pilonidal, é uma condição que acomete a região do cóccix, onde se forma um nódulo ou cisto inflamado na pele. No seu interior, estão presentes pêlos, fragmentos de pele e glândulas com suas secreções. 

A causa da doença pilonidal ainda não é totalmente conhecida, mas se acredita que haja relação com a presença de pêlos na região, alterações hormonais, atrito e pequenas inflamações no local, levando ao "encarceramento" dos pêlos para dentro da pele e a formação dos cistos. 

A inflamação crônica cria um ambiente propício para a proliferação bacteriana e, por isso, pode ocorrer a formação de um abscesso no local (acúmulo de pus dentro do cisto). 

O tratamento definitivo do cisto pilonidal é sempre cirúrgico, mas existem diferentes técnicas cirúrgicas que podem ser utilizadas, inclusive minimamente invasivas como o uso do laser de diodo. O tratamento com laser pode ser realizado no hospital com sedação anestésica ou, em caso de cistos pequenos, até mesmo no consultório com anestesia local. 

Primeiramente limpamos o trajeto do cisto, retirando toda a secreção, pêlos e restos celulares contidos no seu interior. Na sequência, introduzimos a fibra do laser dentro do cisto e todos os seus trajetos. O laser aplicado então promove o estímulo à cicatrização, levando ao seu fechamento sem necessidade de grandes cortes, feridas abertas e extensos e frequentes curativos. 

A grande vantagem do laser é o encurtamento do tempo de cicatrização, que na cirurgia tradicional pode ser de até 3 meses, trazendo então um ganho importante no retorno às suas atividades. Outros benefícios do tratamento com laser é um pós-operatório ainda menos doloroso e uma cicatriz de menor tamanho.

A fístula anal é uma espécie de túnel que conecta um orifício na parte interna do ânus com outro orifício na pele por fora do ânus. Ela surge geralmente após um abscesso anal e se apresenta como uma nodulação, ferida ou um furinho na região perianal ou nas nádegas e que costuma inflamar, inchar e drenar secreção. Como essa região é sempre contaminada por receber resíduos de fezes e uma grande quantidade de bactérias, as fístulas não costumam cicatrizar sozinhas e precisam ser tratadas com cirurgias. 

 Existem diversas técnicas cirúrgicas que podemos utilizar para o tratamento das fístulas e, às vezes, são necessários  mais de um procedimento para a resolver esse problema.

 O cuidado mais importante que temos que ter na cirurgia da fístula anal é a preservação da musculatura local para diminuir o risco de incontinência fecal (escape de fezes) que é uma possível complicação desse procedimento. Com o intuito de diminuir esse risco, hoje contamos com técnicas menos invasivas, incluindo a utilização de laser. Porém é preciso uma avaliação adequada no consultório e eventualmente a realização de alguns exames para definir o tipo de tratamento para cada caso. 

O plicoma é uma preguinha de pele na regiao anal que ocorre após um quadro de fissura ou crise de hemorróida prévia. Geralmente não costumam incomodar, mas podem causar dificuldade para se higienizar, inchar e causar desconforto. Muitas vezes também representam um incômodo estético para algumas pessoas.

 Os plicomas não precisam ser retirados, mas quando apresentam alguns desses incômodos, indicamos o tratamento com laser de CO2 que é feito no próprio consultório com anestesia local em apenas uma “sessão”. Para isso, o paciente aplica um creme anestésico ainda em casa e,antes de iniciarmos o procedimento, realizamos também uma anestesia injetável que torna o restante do procedimento indolor.

 Com o laser, cortamos e cauterizamos os excessos de pele, além de estimular a produção de colágeno local que irá promover uma melhor (e mais rápida) cicatrização, com menos dor no pós operatório e promovendo um efeito estético muito melhor.